Serial Killer: polícia tem indício de mais 3 homicídios, além de 4 casos já confirmados
Assassino confessou ter matado 43 pessoas em 9 anos, na Baixada Fluminense. Mulher diz ter escapado da morte em setembro
Ainda de acordo com as investigações da DH, Sailson teria dito que agiu a mando de Cleusa Balbina, que o sustentava. Cleusa queria roubar o filha da vítima. Na noite desta quinta-feira, uma mulher disse à DH ter escapado do ataque do homicida em setembro. Ela é considerada uma testemunha chave do processo. A polícia informou que vai levantar casos de esganadura e homiícios cometidos com golpes de faca na região da Baixada Fluminense.
Na tarde desta quinta-feira, Cintia Ramos Messias, de 21 anos, contou que estava indo para o trabalho, no dia 8 de setembro, quando foi abordada por um sujeito encapuzado. Cinthia recebeu 12 facadas num terreno baldio. Ficou 15 dias internadas no Hospital da Posse. Cintia contou ser filha de José Messias, marido de Cleusa e um dos presos e cúmplice de Sailson. Ela disse que tentou fazer o registro como tentativa de homicídio, na 58ª DP (Posse), o que não teria sido feito pelos policiais.
— A minha morte foi encomenda porque a Cleusa queria ficar com a minha filha de dois anos. Consegui escapar e minha filha está bem — disse Cintia.
Pela manhã, o delegado Pedro Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, fez um apelo a parentes de mulheres que foram assassinadas a facadas ou por estrangulamento na região para que compareçam à delegacia. Ele espera obter ajuda nas investigações. Segundo o delegado, o assassino descreve os crimes que cometeu com detalhes e frieza.
De acordo com a polícia, Sailson já foi preso por roubo à mão armada e ficou detido durante nove dias. Oito dias após ser solto, ele teria matado uma pessoa. No dia seguinte, foi preso novamente por porte de arma. Ainda de acordo com o delegado, pelo menos três crimes confessados, com exceção do cometido na terça-feira, estão praticamente confirmados.
Pedro Medina disse que Sailson tem perfil de psicopata, por não esboçar arrependimento. Nos crimes por encomenda, o criminoso matava a facadas. Também em conversa com o delegado, ele disse que, quando matava por prazer, ele estrangulava as vítimas. Segundo a polícia, ele sabe que vai ficar 20 anos preso, mas que quando sair voltará a matar.
ASSASSINO DA BAIXADA ESCOLHIA VÍTIMAS ALEATORIAMENTE
Em seu depoimento, Sailson afirmou que começou a matar aos 17 anos, quando já praticava roubos e furtos. Ao assassinar uma mulher, contou que “deu uma adrenalina” e que a partir daí não conseguiu mais parar.
Frio e calculista, Sailson disse à polícia que escolhia as vítimas aleatoriamente em bares, praças e padarias. Ele procurava ser amigo e descobrir seu local de moradia. O criminoso explicou à polícia que não matava mulheres negras pelo fato de ser negro. Ele confirmou que estudava o comportamento e o hábito das vítimas por até um mês:
Publicidade
Presa em flagrante junto com Sailson pelo assassinato de uma mulher na última terça-feira, Cleusa Balbina de Paula era companheira do serial killer. Ela, segundo Sailson, tinha conhecimento de todos os crimes cometidos. Segundo a polícia, os quatro últimos assassinatos de Sailson foram a mando da mulher e cometidos por vingança.
Para a polícia, Sailson confessou que tinha prazer em ver as vítimas se debatendo no momento da morte, que gostava de ser arranhado por elas e que sentia prazer ao ver “mulheres mortas com olhos abertos”.
© 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário