quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

SERIAL KILLER

 

Serial Killer: polícia tem indício de mais 3 homicídios, além de 4 casos já confirmados

Assassino confessou ter matado 43 pessoas em 9 anos, na Baixada Fluminense. Mulher diz ter escapado da morte em setembro

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RIO - O delegado Marcelo Machado, da Divisão de Homicídios (DH) da Baixada, disse haver fortes indícios de que Sailson José das Graças, de 26 anos, teria participado de outros três homicídios, além dos quatro já comprovadamente atribuídos a ele. Um deles teria ocorrido no bairro Santa Rita, em Belford Roxo, onde uma mulher grávida foi assassinada a facadas. Sailson, que confessou o assassinato de 43 pessoas, disse à polícia que matou a mulher grávida, mas que teria poupado uma criança de 5 anos, que dormia no momento do crime. Ele teria apontado a imagem numa lista de 20 fotos apresentadas pelo policiais.
Ainda de acordo com as investigações da DH, Sailson teria dito que agiu a mando de Cleusa Balbina, que o sustentava. Cleusa queria roubar o filha da vítima. Na noite desta quinta-feira, uma mulher disse à DH ter escapado do ataque do homicida em setembro. Ela é considerada uma testemunha chave do processo. A polícia informou que vai levantar casos de esganadura e homiícios cometidos com golpes de faca na região da Baixada Fluminense.
Na tarde desta quinta-feira, Cintia Ramos Messias, de 21 anos, contou que estava indo para o trabalho, no dia 8 de setembro, quando foi abordada por um sujeito encapuzado. Cinthia recebeu 12 facadas num terreno baldio. Ficou 15 dias internadas no Hospital da Posse. Cintia contou ser filha de José Messias, marido de Cleusa e um dos presos e cúmplice de Sailson. Ela disse que tentou fazer o registro como tentativa de homicídio, na 58ª DP (Posse), o que não teria sido feito pelos policiais.
— A minha morte foi encomenda porque a Cleusa queria ficar com a minha filha de dois anos. Consegui escapar e minha filha está bem — disse Cintia.
Cintia Ramos Messias, de 21 anos, disse ter sido atacada por Sailson José das Graças - Sergio Ramalho
DELEGADO PEDE A COLABORAÇÃO DA POPULAÇÃO
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Pela manhã, o delegado Pedro Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, fez um apelo a parentes de mulheres que foram assassinadas a facadas ou por estrangulamento na região para que compareçam à delegacia. Ele espera obter ajuda nas investigações. Segundo o delegado, o assassino descreve os crimes que cometeu com detalhes e frieza.
De acordo com a polícia, Sailson já foi preso por roubo à mão armada e ficou detido durante nove dias. Oito dias após ser solto, ele teria matado uma pessoa. No dia seguinte, foi preso novamente por porte de arma. Ainda de acordo com o delegado, pelo menos três crimes confessados, com exceção do cometido na terça-feira, estão praticamente confirmados.
Pedro Medina disse que Sailson tem perfil de psicopata, por não esboçar arrependimento. Nos crimes por encomenda, o criminoso matava a facadas. Também em conversa com o delegado, ele disse que, quando matava por prazer, ele estrangulava as vítimas. Segundo a polícia, ele sabe que vai ficar 20 anos preso, mas que quando sair voltará a matar.
Facebook de Sailson José, que confessou a morte de 42 pessoas na Baixada - Reprodução
Em sua página no Facebook, Sailson mantém fotos de 2012 e 2013. Algumas inclusive com amigos. Ele tem poucas amizades, a maioria com mulheres. O que mais chama a atenção são os filmes que ele curte: de terror e sobre assassinatos.
ASSASSINO DA BAIXADA ESCOLHIA VÍTIMAS ALEATORIAMENTE
Em seu depoimento, Sailson afirmou que começou a matar aos 17 anos, quando já praticava roubos e furtos. Ao assassinar uma mulher, contou que “deu uma adrenalina” e que a partir daí não conseguiu mais parar.
Frio e calculista, Sailson disse à polícia que escolhia as vítimas aleatoriamente em bares, praças e padarias. Ele procurava ser amigo e descobrir seu local de moradia. O criminoso explicou à polícia que não matava mulheres negras pelo fato de ser negro. Ele confirmou que estudava o comportamento e o hábito das vítimas por até um mês:
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— Eu saía de casa e falava: 'É o dia da minha caçada, vou fazer o meu trabalho'. Quando eu não fazia (matava) eu ficava nervoso, aí tinha que sair de novo.
Presa em flagrante junto com Sailson pelo assassinato de uma mulher na última terça-feira, Cleusa Balbina de Paula era companheira do serial killer. Ela, segundo Sailson, tinha conhecimento de todos os crimes cometidos. Segundo a polícia, os quatro últimos assassinatos de Sailson foram a mando da mulher e cometidos por vingança.
Para a polícia, Sailson confessou que tinha prazer em ver as vítimas se debatendo no momento da morte, que gostava de ser arranhado por elas e que sentia prazer ao ver “mulheres mortas com olhos abertos”.
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Fonte: G1

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