Tiririca e mais quatro foram os únicos sem faltas na Câmara
Somente cinco participaram de todas as sessões deliberativas realizadas no período
Já Carlos Manato afirma que sua última falta em sessão deliberativa ocorreu há dez anos, em setembro de 2005, data do falecimento de seu pai. Desde então, o deputado não se ausentou dos compromissos legislativos em plenário sequer uma vez. “Participei das sessões mesmo quando estava doente, com o braço quebrado ou com febre, por exemplo. Houve situações em que perdi o aniversário dos meus filhos e do meu casamento”, disse Manato. O capixaba acredita que, dentre as suas contribuições para a Câmara, a coautoria da Lei Seca se destaca pela relevância social.
O parlamentar Pedro Chaves desenvolveu um método para não abdicar do trabalho em razão de outros eventos. Ele transfere para os fins de semana compromissos com o Estado de Goiás. Assim, cumpre integralmente as duas agendas. “A presença nos debates é essencial para conhecer as necessidades do povo. A conclusão das obras da BR 020, que liga Brasília a Formosa, é um dos projetos de maior importância da minha gestão”, conclui.
O estudo das listas de presença da Câmara revela ainda que quatro deputados faltaram o equivalente a dois anos de sessões. Manato afirma que os parlamentares faltosos freiam a produtividade legislativa, já que algumas votações não reúnem quórum suficiente para que sejam viabilizadas. Lincoln observa que “o eleitorado desses congressistas se sente incomodado com tal situação”. “A imagem da Casa fica desmoralizada quando deputados faltam à metade do mandato”, completa Reguffe.
Para o cientista político Leonardo Barreto, os parlamentares faltosos representam prejuízo aos cofres públicos, pois muitos projetos de lei deixam de ser relatados e até votados em algumas circunstâncias. Segundo Leonardo, a assiduidade é o primeiro indicador do nível de seriedade do deputado em relação ao seu mandato. ”O congressista ausente se torna um exemplo negativo para a população, que fica desmotivada a acreditar no sistema político”, explica o especialista.
Fonte: Com informações do Congresso em Foco
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