Servidores da saúde protestam por conta de cortes nos salários no Piauí
Em nota, o governo informou que os cortes são referentes à faltas ou atrasos registrados no sistema de ponto eletrônico.
Centenas de servidores da saúde do Estado do Piauí protestaram na manhã
desta quarta-feira (28) contra cortes nos salários. De acordo com Dalva
Maria da Silva, uma das afetadas, os funcionários deixaram de atender a
população por acreditarem que a justificativa para o corte, está no
equipamento do ponto eletrônico, que não registra corretamente a entrada
e saída dos funcionários.
“Eu bati meu ponto sete horas da manhã, quando eu fui bater sete horas
da noite para ir embora, ele estava registrando o horário de 11h39. Eu
bati o ponto, ficou registrado lá este horário e aí agora está aqui o
resultado. Pelo visto foram descontadas três faltas e eu não sei nem
como é feito esse calculo, mas está aqui R$215,69. Foi o valor
descontado do meu contracheque”, falou a funcionária pública.
Em nota, o governo do Estado informou que os cortes nos contras-cheques
dos servidores da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), são
referentes à faltas ou atrasos registrados no sistema de ponto
eletrônico.
Quem é atingido diretamente pela situação, são pessoas como a Dona
Raquel, que tinha uma consulta de pré-natal marcada teve de dar meia
volta ao chegar ao Instituto de Perinatologia Social do Piauí já que foi
cancelada.
“Era para eu retornar agora para fazer a revisão e tudo, para falar com
a Doutora, mas aí está uma confusão danada, o pessoal não recebeu o
dinheiro, aí ficaram de marcar ainda, vou procurar ainda o postinho para
poder ser encaminhada. Como minha gravidez é de alto risco, sempre tem
que tá acompanhando aqui pela Evangelina Rosa”, falou.
Professora fez viagem de 120 km para não ser atendida
O mesmo caso aconteceu com a professora Francilene Rodrigues, com o agravante que ela mora no município de Barras localizado a 119 km de Teresina e que levou cerca de duas horas de viagem de ônibus apenas para estar presente na consulta marcada.
“Considero como uma falta de respeito, porque a gente que sai de outra
cidade, pagando passagem, tem gastos, tem toda dificuldade e quando
chega aqui se depara com isso. A médica simplesmente disse que não vai
atender e que vai embora”, disse.
Esses problemas não atingiram apenas os servidores da MDER, o mesmo
aconteceu com outros órgãos da saúde estadual como, por exemplo, o
Hospital Getúlio Vargas (HGV), o Instituto de Doenças Tropicais Natan
Portela e o Hospital Infantil Lucídio Portela.
O governo do Estado destacou ainda que o sistema de pontos eletrônicos
está implantado em todas as pastas do governo do Estado e é uma
exigência para todos os servidores públicos e que esse sistema de ponto
eletrônico é interligado ao da folha de pagamento, de forma a gerar
maior assiduidade dos servidores proporcionando uma maior eficiência do
serviço público.
G1
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