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No Senado, Robert quer atuar em prol da segurança pública e cobrar respeito ao Piauí

O candidato a senador pelo Democratas, Robert Rios, foi recebido no Estúdio 180para mais uma entrevista da série com os nomes que disputam as eleições majoritárias no Piauí. Rios falou de como pretende atuar no Congresso Nacional, fez criticas à atual bancada e, como líder da oposição no parlamento estadual, lamentou ainda as denúncias de corrupção envolvendo o governo do Piauí.

Robert destaca que nos últimos anos esteve sempre na “trincheira da resistência” liderando a oposição ao governo Wellington Dias, e comemora o fato de estar numa chapa ao lado de Luciano Nunes, na disputa para governador, e de Wilson Martins, com quem faz dobradinha na eleição para o Senado.

DEBATE DA SEGURANÇA PÚBLICA

"Quero ser aquele senador que possa levar o debate sobre a segurança pública, que no Brasil é um desastre, uma lástima”, diz. O candidato destaca seus 35 anos de experiência na Polícia Federal, o tempo em que foi superintendente da PF no Piauí, e ainda a época em que foi secretário de Segurança no estado. “Fiz curso no Brasil e nos Estados Unidos, meu conhecimento acumulado é enorme para resolver o problema da segurança”, completa.

COMBATE À CORRUPÇÃO

O deputado tem ainda de forma contundente feito um discurso de combate à corrupção, prática que, para ele, chegou ao Brasil nas caravelas junto com Pedro Álvares Cabral. “Começaram a corromper nossos índios, depois começou a escravidão”, comenta. Robert diz de forma enfática que “um senador da República não pode se envolver em corrupção”, citando em seguida operações que tiveram como alvo membro da atual bancada.

Lembra ainda as duas recentes operações que investigam denúncias contra a Secretaria de Educação e a Secretaria de Meio Ambiente. “A Polícia Federal esteve há poucos dias na secretaria de Educação, prendeu 23 pessoas, fez busca e apreensão no gabinete do secretário”, destaca. Robert menciona ainda o número divulgado à época pelos investigadores, apontando suspeitas de desvios de R$ 119 milhões destinados ao transporte escolar. “Dinheiro dos nossos filhos, da  nossa rapaziada, uma pessoa que rouba isso não tem Deus no coração”.

"TODO MUNDO QUER SER LULA”

No âmbito político, o deputado critica ainda a composição da chapa governista, e o apoio de seus membros ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Primeiro pela associação de nomes importantes do cenário político piauiense com um condenado por corrupção, e segundo pelo histórico de Ciro Nogueira e Marcelo Castro, cujos partidos foram apontados como “golpistas” pelo Partido dos Trabalhadores, à época do impeachment de Dilma.

"Todo mundo quer ser do Lula agora. Tinham de ter grandeza própria, falar da própria vida, de sua própria atitude, dos seus projetos, abraçar uma campanha dizendo apenas que é amigo do Lula, que gosta do Lula, é ser gigolô”, dispara. E reforçando discurso contra corrupção, Robert diz que ninguém nunca irá ouvir que ele se envolveu com desvio de dinheiro público.

SAÚDE PÚBLICA

Um dos problemas que, para Robert, demandam de atenção urgente por parte do poder público diz respeito à oferta dos serviços de saúde. Para o deputado, a desassistência têm tirado a vida de muitas pessoas que, mesmo por doenças de fácil cura, demoram em receber atendimento de qualidade.

“A pessoa cai da moto em Corrente e tem de ser transportado de forma dolorosa para Teresina. O HUT carrega tudo nas costas. Parece um campo de guerra”, diz.

Lembra que uma das alternativas criadas na época do governo Wilson Martins, o cofinanciamento da saúde, não está mais sendo administrado a contento, o que classifica como uma “aberração”, mencionando atrasos de 12 e até 16 meses no repasse da ajuda de custo para saúde dos municípios. “Pessoas estão morrendo por falta do cofinanciamento. Morrendo porque o hospital estava sem condição de atender”.

IMPOR RESPEITO NO SENADO

Robert afirma que, no Senado, quer impor respeito ao Piauí, e diz que a bancada do estado na Casa nunca foi alvo de tanto “deboche”. “Ninguém nunca teve a ousadia de me faltar com respeito. Quero representar a grandeza de cada homem e de cada mulher no Piauí, com toda força da minha honra”.

SEGUNDO TURNO NO PIAUÍ?

Mesmo com o histórico de vitórias de Wellington Dias no primeiro turno, o candidato acredita que desta vez será diferente, e que o segundo turno é uma possibilidade diante do que chama de “fadiga” do governo Wellington Dias. Cita obras que não foram concluídas como a duplicação das BRs e a reforma do Centro de Convenções, e diz que o atual governo “esculhambou” a saúde, educação e segurança no Piauí.